Educação e Cultura

Uso Saudável das Telas

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Descrição do Projeto

Uso Saudável das Telas é uma iniciativa audiovisual multimídia de educação que tem o intuito de ensinar crianças e adolescentes a usarem as telas, ao invés de serem usados por elas, com personagens que estimulam o imaginário infantil, fazendo-os questionar o papel da tecnologia em nossas vidas.
A metodologia foi criada pela startup Imersa que atua há 7 anos no mercado de educação. Seu desenvolvimento se iniciou durante o ano de 2021 após conversarem com professores e diretores de colégios e ouvirem de todos que a exposição excessiva dos jovens as telas durante a pandemia trouxe vários impactos negativos para a saúde e o desenvolvimento deles. Como já pesquisava este tema há anos e com vasta experiência em educação, tecnologia e audiovisual a startup desenvolveu Uso Saudável das Telas.
Em 2022 foram feitas turmas pilotos que comprovaram a eficácia da metodologia com resultados surpreendentes e com isso o projeto foi submetido à editais de fomento. Foi aprovado no Compete Minas, organizado pela FAPEMIG – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais em parceria com a SEDE – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais que disponibilizou 200 mil reais para o desenvolvimento da primeira fase do projeto, com isso foram construídos episódios de uma série audiovisual e músicas que estão sendo usados em oficinas presenciais que já treinaram mais de 1.000 crianças ao redor do estado de Minas Gerais.
Em agosto de 2023 foi realizada uma aula piloto da oficina Uso Saudável das Telas para membros do Programa Nacional da Educação Empreendedora PNEE do SEBRAE em Minas Gerais o que permitiu que a solução pudesse ser contratada como oficina de educação empreendedora por qualquer unidade do SEBRAE do país, facilitando a disseminação da metodologia.
A solução é composta por uma série audiovisual de 8 episódios com aproximadamente 10 minutos cada, com personagens, humor, músicas e animações para povoar o imaginário infantil com histórias que os ajudem a questionar o papel da tecnologia em suas vidas. A série, que totaliza 80 minutos de duração, pode ser exibida em oficinas organizadas pela Imersa, com instrutor próprio ou pelos próprios professores para seus alunos no colégio, com orientações específicas.
Além da série, também existem os Almanaques Uso Saudável das Telas com atividades para serem feitas em casa em família ou em sala de aula com supervisão dos professores; e o Aplicativo Uso Saudável das Telas com funcionalidades que auxiliam os pais a monitorarem o tempo de tela de seus filhos e proporem regras e limites como o Almoço sem Telas ou o Despertador do Professor Canário. Estes elementos são todos combinados para trazer mais resultados para os colégios e para as famílias.
Na série audiovisual nos deparamos com um mundo fantástico que apresenta o problema do vício em tecnologias e telas virtuais, recorrente no mundo real, de forma lúdica e divertida. A série audiovisual mistura personagens reais em live action com cenários e personagens animados, com muito humor e comédia.
O vilão da série é Conde Bétula, o Vampiro da Atenção, que usa de sua mais nova invenção, o Celular FOMOrcego, para roubar a atenção de toda a humanidade e trocá-la por dinheiro para se tornar imparável. Os heróis da trama são os Professores Neto, Frigideira e Canário (animado) que desenvolvem invenções e dispositivos para investigar o roubo.
Com uma linguagem de humor e episódios rápidos a série serve para educar crianças, adolescentes e seus responsáveis (pais, avós e professores) sobre o tema de uso das telas, construindo narrativas que explicitam os mecanismos que estão por trás das tecnologias persuasivas e trazendo soluções de como podemos nos proteger delas usando a tecnologia como meio, e não como fim, feito uma bicicleta para o cérebro, exercitando-o e levando-o a lugares que ele não poderia ir, ao invés de usá-la como um sofá para o cérebro, deixando-o como espectador passivo, atrofiando.
A mistura de animação com atores reais permite um convite à imaginação, retratando de forma cômica diferentes facetas ligadas ao problema do uso das tecnologias. Os dispositivos e personagens animados interagem com os personagens reais e tornam o universo mais atrativo para crianças.

Impacto Positivo

Brasil é o 2º país que mais passa tempo na Internet e o 3º que mais usa redes sociais no mundo. Dados do Instituto Delete da UFRJ mostram que 70% dos brasileiros relatam uso abusivo de telas enquanto 30% apresentam uso patológico dependente. Esses problemas são ainda mais graves no caso de crianças e adolescentes, que tem o cérebro ainda em formação. Depressão e Ansiedade em crianças e adolescentes dobraram durante a pandemia e isso pode estar muito relacionado a forma como as telas ocuparam muito mais espaço na vida de todos nós. Os mecanismos por trás das tecnologias persuasivas, que estão por trás de boa parte das redes sociais são feitos para otimizar a atenção dos usuários, colocando em sua frente o conteúdo que tem mais propensão em mantê-lo na tela, provocando emoções que muitas vezes não são saudáveis em troca de maior engajamento. Os efeitos desse experimento desenfreado feito em escala planetária estão começando a ser vistos agora e os jovens são os que mais estão sofrendo com isso. Dados coletados nos Estados Unidos, mostram que desde 2009, ano de disseminação do Iphone e consequentemente das redes sociais móveis, os índices de autolesão não fatal em crianças e adolescentes, subiu 62% em meninas de 15 a 19 anos e 189% em meninas de 10 a 14 anos, enquanto a taxa de suicídio subiu 70% em meninas de 15 a 19 e 151% em meninas de 10 a 14 anos. Grandes autores brasileiros alertam para os perigos que estamos correndo ao colocar jovens cada vez mais novos em contato constante com telas e com as tecnologias persuasivas das redes sociais. O neurocientista Miguel Nicolelis em seu livro O Verdadeiro Criador de Tudo mostra, por meio da sua hipótese do cérebro relativístico, que o cérebro é um camaleão, que se adapta o tempo todo aos estímulos que lhe são colocados. Para ele, a hiperexposição as telas e a nossa entrega da nossa autonomia sobre quais histórias iremos ouvir e o que iremos fazer a algoritmos de inteligência artificial está fazendo com que nossos cérebros deixem de criar conexões neurais importantes e vá atrofiando, os algoritmos transformam nosso comportamento em 0s e 1s e nós estamos nos comportando cada vez mais de forma previsível e automatizada, para Nicolelis isso pode resultar em uma massa de zumbis digitais que não estão preparados para encarar os desafios de um futuro incerto. Silvio Meira, outro autor renomado alerta os jovens para aprenderem a Programar para não ser Programados, estes tipos de alertas devem ser entregues ainda na idade escolar e com uma linguagem fácil de entender. O diferencial da abordagem de Uso Saudável das Telas é educar os filhos, e não só os pais, para que estes possam ativamente questionar o papel que a tecnologia deve ocupar em suas vidas, escolhendo usá-las como uma bicicleta para o cérebro e não como um sofá. As histórias e narrativas têm um papel central nesse processo pois ajudam a decodificar um problema complexo e provocam emoções nos espectadores, contribuindo para o aprendizado, afinal, o cérebro humano se lembra muito mais das informações que nos provocam emoções e entende melhor o mundo ao nosso redor através de histórias. Em maio de 2022 a solução foi prototipada em uma oficina de 6 horas feita com uma turma piloto com crianças de 10 a 12 anos, adolescentes de 13 a 17 e seus responsáveis a partir daí a oficina foi lapidada até chegar ao seu formato atual de 2 a 3 horas, com a série produzida e os impactos mensurados. O impacto social proporcionado pelo projeto tem sido enorme. Boa parte dos alunos relatou melhoria no tempo de sono e na qualidade do sono, sugerimos que os alunos larguem os smartphones até uma hora antes de dormir e iniciem algum ritual de sono, que pode envolver leitura, e pedimos para eles só olharem as notificações 1 hora após acordarem para não influenciar no ciclo circadiano. Melhorias de sono geram melhoria na memória, no desenvolvimento cognitivo e no nível de atenção e bem-estar de crianças e adolescentes. Outros tantos alunos relataram diminuição do tempo de tela ao longo da semana, isso também gera um impacto muito grande, estudos nos Estados Unidos revelam que jovens que usam redes sociais por 5 horas diariamente tem 60% mais tendências de autolesão e suicídio do que jovens que ficam apenas 1 hora por dia. Orientar os jovens a controlar seu tempo de tela e estabelecer limites que eles mesmos achem toleráveis é essencial para direcionarem sua atenção da melhor forma. Jovens também relataram melhorias nas notas como consequência de ficarem menos tempo nos smartphones e melhoria nas relações familiares, comentando que a família toda está deixando o celular de fora das refeições e momentos conjuntos.

Representante

Pedro Gattás Bara Neto

Categoria

Educação e Cultura

Educação (cursos online, escolas, material didático)

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