O Brasil tem avançado consideravelmente na garantia dos direitos fundamentais, descrito e incorporado na Constituição da República Federativa (CF). Algumas políticas sociais apresentam como ponto de convergência as condições de vulnerabilidade social da população, especialmente a populações em situação de rua, porém, o país não conta com dados oficiais sobre esta população. Com isso, a ausência de dados fiéis desta parcela da população, prejudica a implementação de políticas públicas voltadas para este segmento, reproduzindo sua invisibilidade na sociedade. A população em situação de rua não é incluída nos censos demográficos brasileiros, por se tratar de pesquisas domiciliares, o que ocorre atualmente é os estados e municípios realizarem paralelamente informações sem bases cientificas profundas, na tentativa de preencher essa lacuna (ARANTES, 2017). No entanto, em termos de política nacional de atendimento às pessoas em situação de rua, a exclusão social continua sendo uma realidade no Brasil e nas cidades, em que se afasta cada vez mais as pessoas que não se enquadram no modelo econômico, que por diversos fatores, utilizam a rua como moradia provisória ou definitiva. Nesse sentido, foi fundamental conhecer a realidade e ter dados qualitativos e quantitativos sobre essa população, para que seja lançado um olhar social e apurado em direção às pessoas em situação de rua, propondo a esta população maiores condições dignas de alimentação e nutrição, uma vez que é necessária uma mudança de paradigmas para que a sociedade perceba aqueles que se encontram à margem de seus direitos.
Obtenção de um diagnóstico utilizado para a implementação de políticas públicas efetivas para esse grupo social. Além disso, incentivar ações continuadas que promovam melhoria da qualidade de vida das pessoas em situação de rua (alimentação e acesso ao trabalho) e estimular ações que contribuam para uma sociedade mais justa, democrática, participativa e solidária.
FLAVIA DE SOUZA FERNANDES