O negócio da ACM PRODUÇÕES : ACESSIBILIDADE, CIDADANIA E MULTICULTURALISMO é proporcionar vivências sensoriais que gerem conhecimento e promovam mudança de comportamento das pessoas sem deficiência, no sentido de uma maior empatia e ação proativa na promoção de acessibilidade e equidade para as pessoas com deficiência.
*Quem cria as legislações e políticas públicas são pessoas SEM deficiência. Então são essas pessoas que precisam ser profundamente impactadas para que atendam às demandas e direitos à inclusão das pessoas com deficiência.
E para o público com deficiência nosso negócio é a promoção de ações culturais inclusivas, de valorização do seu potencial criativo e estímulo ao protagonismo artístico e autoexpressão.
Isso tudo se faz através de nossos e produtos principais:
Temos 3 produtos principais:
1)Exposição Arte Pra Cego Ver é experiência para as pessoas sem deficiência entrarem no universo da pessoa com deficiência. A visitação é feita vendada. Os quadros são vistos com as mãos, enquanto se escuta a audiodescrição da obra com fones de ouvido. 4555 pessoas já vivenciaram a exposição em 2023 na cidade de Itajaí/SC.
2)PODINCLUIR (um nome reduzido para podcast Inclusão cultural: Eu também tô nessa!) – um podcast de entrevistas, visando divulgar iniciativas de arte inclusiva e educar o público em geral de que a acessibilidade é benéfica para todos. Trazer informação sobre cada tipo de deficiência e qual o apoio necessário para que a pessoa com deficiência exerça sua autonomia.
3)CENTRAL DE ATENDIMENTO À PESSOA SURDA por vídeo chamada em LIBRAS. Inicialmente o objetivo é informar a programação cultural acessível, locais, datas e horários, de eventos correntes. Isso se faz para dar o direito de construção de repertório simbólico às pessoas com deficiência, e, para formar público para a arte.
Por meio de parcerias com o comércio, utiliza-se a video-chamada em Libras e português como ponte de comunicação entre vendedores que não sabem Libras e clientes surdos que precisam realizar suas compras. Na terceira etapa abriremos assinaturas para as pessoas com deficiência auditiva serem atendidas em qualquer situação de sua vida em que haja dificuldade de comunicação e tradução da Libras para o português. Bastando para isso ligar para a Central de Atendimento à Pessoa Surda.
A viabilidade econômica tem ocorrido por meio de editais públicos que custeiam as ações, mas chegamos no ponto de buscar independência de recursos. Por isso nos inscrevemos no ICL TANK. Precisamos ampliar nossas ações para outros estados.
A equipe atualmente é constituída por profissionais registrados como MEI, que se unem para executar as ações da ACM PRODUÇÕES. Queremos mudar de categoria jurídica para dar estabilidade à equipe por contratação anual de serviços (seja por CLT ou MEI).
A ACM PRODUÇÕES : ACESSIBILIDADE, CIDADANIA E MULTICULTURALISMO, foi a mola propulsora da criação do movimento INCLUSÃO CULTURAL: EU TAMBÉM TÔ NESSA!, que tem impactado e inspirado todos os profissionais que entram em contato com a exposição ARTE PRA CEGO VER e com o podcast. Houve ampla divulgação na mídia com longas reportagens na rede globo e rede record de Itajaí/SC. Isso trouxe o tema da acessibilidade para as conversas entre amigos e para as famílias. O trabalho das entidades AMA e APAE foi mais divulgado. Inclusive o programa de inserção da pessoa com deficiência ao mercado de trabalho (CAPACIT) recebeu contato de novas empresas querendo estabelecer parcerias e contratar funcionários com deficiência. Eles conheceram a ação através da live no podcast. Já aprovamos 6 projetos e obtivemos recursos no âmbito estadual e municipal com projetos 100% inclusivos. E estamos concorrendo em editais federais. Temos fila de escolas esperando para receber a exposição. A comunidade surda através de sua entidade IBRASSATIL nos procurou pedindo que criássemos CENTRAL DE ATENDIMENTO À PESSOA SURDA. Tudo isso os mostra que existe demanda para o trabalho de inclusão cultural. Esse trabalho é uma porta de entrada para proporcionar cidadania em todos os aspectos da vida e dar protagonismo às pessoas com deficiência.
ANA CLARA FERREIRA MARQUES