O exame de toque, um procedimento fundamental na obstetrícia, é realizado manualmente pelo profissional de saúde para avaliar a dilatação cervical, a posição, a consistência do colo do útero, e o estágio de descida do bebê no canal de parto. Este exame permite ao médico ou à parteira obter informações importantes sobre o progresso do trabalho de parto. No entanto, apesar de sua importância, o exame de toque é frequentemente descrito como invasivo e desconfortável pelas gestantes, podendo contribuir para uma experiência de parto menos positiva. Durante o trabalho de parto, o número de repetições do exame de toque pode variar significativamente, dependendo do progresso do parto e das práticas específicas do hospital ou da equipe de saúde. Em média, uma gestante pode passar por este exame várias vezes de 3 a 10 vezes ou mais ao longo do trabalho de parto, com tempo médio de 12 a 24h. Cada repetição do exame o profissional poderá perceber as mudanças no colo do útero e na posição do bebê, mas também aumenta o desconforto físico e psicológico da parturiente, além de apresentar riscos potenciais como a introdução de patógenos, contribuindo para o risco de infecções, como reportados em diversas publicações científicas. O aplicativo PIÁ foi concebido neste contexto de estudo básico, TRL1 e 2; cujo foco principal da empresa CICARI é criar um conjunto de soluções para reduzir interações como o exame de toque, e outros exames que possam ser desconfortáveis ou favoreça violencia obstetrica.
No processo de idealização de tecnologias para o bem-estar das mulheres durante o parto, o time do CICARI entendeu que o avanço do mercado nesta área médica é profunda sobre a necessidade emergente de inovar a experiência do parto pela sua digitalização. Identificando uma lacuna no mercado por serviços que não apenas informem, mas também integrem sistemas existentes e criem novas experiências para gestantes e profissionais de saúde; neste sentido a time do CICARI desdenvolveu uma app, denominado PIÁ, TRL4-5, que posiciona-se na vanguarda da inovação tecnológica em obstetrícia, pois faz uso da inteligência artificial para interpretar um conjunto de estudos científicos de alta qualidade, destinando-se a esclarecer gestantes sobre os diversos aspectos da gravidez e do parto. O uso dessa tecnologia avançada, o PIÁ transforma dados complexos em informações acessíveis, diferenciando-se pela capacidade de adaptar sua comunicação a dois públicos distintos: fornece linguagem técnica para profissionais de saúde, ao passo que para as gestantes, a informação é apresentada de forma simples e didática.
Um dos recursos mais inovadores do PIÁ é o sistema de notificações, estruturado em uma escala Likert, semelhante a um semáforo, variando do verde ao vermelho. Esse sistema ajuda os utilizadores (profissionais da saúde, gestates e familiares) a compreenderem o grau de importância das informações recebidas, orientando-as eficazmente sobre os cuidados necessários em cada etapa da gestação. Essa abordagem garante que tanto gestantes quanto profissionais de saúde recebam as orientações adequadas de acordo com seu nível de entendimento e necessidade, promovendo uma experiência de parto mais informada, segura e positiva.
O PIÁ não apenas visa informar, mas também está projetado para se integrar a outros sistemas de saúde, ampliando seu alcance e eficácia. Ao adotar esta abordagem integrativa, é proposto que o aplicativo ofereça uma nova maneira de uma experiência do parto mais conectada, suportada por informações confiáveis e adaptadas às necessidades de cada usuário(a).
Com o PIÁ, o futuro da assistência ao parto é digital, personalizado e empoderador, reflete um passo significativo em direção a uma obstetrícia mais moderna e centrada no paciente.
o link do video do piá: https://www.youtube.com/@PiaApp
Ao comparar com o panorama tecnológico atual, é importante reconhecer a presença de aplicativos semelhantes no mercado, tais como o Whachanga, Pregnancy+, entre outros, que buscam oferecer suporte e informações para gestantes. Contudo, uma distinção crucial do PIÁ em relação a esses concorrentes reside na transparência e na qualidade da sua fonte de dados. Enquanto muitos desses aplicativos provavelmente confiam em equipes médicas para gerar conteúdo, a origem e a veracidade dessas informações nem sempre são claramente apresentadas ao usuário(a). O PIÁ se destaca nesse cenário por sua dedicação não apenas à qualidade, mas também à transparência das informações fornecidas. Utilizando inteligência artificial para analisar e interpretar estudos científicos de alta qualidade técnica, o aplicativo assegura que todo conteúdo compartilhado com gestantes e profissionais de saúde seja não apenas atualizado e preciso, mas também derivado de fontes confiáveis e reconhecidas. Além disso, a inovação do PIÁ em fornecer informações adaptadas especificamente para dois públicos distintos, uma linguagem técnica para profissionais da saúde e outra mais acessível para as gestantes, coloca este aplicativo em uma posição única. Isso não apenas aumenta a eficácia da comunicação, mas também assegura que todos os usuários, independentemente do seu nível de conhecimento médico, possam compreender e aplicar as informações às suas necessidades individuais. A existência de aplicativos como Whachanga e Pregnancy+ demonstra uma crescente de mercado por ferramentas digitais que apoiam a gestação. No entanto, o PIÁ se propõe a elevar o padrão, não apenas satisfazendo essa demanda, mas superando-a por meio da inovação contínua, da precisão do conteúdo e de uma experiência do usuário. O PIÁ não é apenas mais um aplicativo no mercado; é um marco na transformação da experiência de gestação e parto, promovendo uma nova era de cuidado digital para gestantes e profissionais de saúde. O impacto positivo do aplicativo PIÁ no campo da obstetrícia e da assistência ao parto é amplo e multifacetado, refletindo uma mudança paradigmática na forma como as gestantes experienciam o processo de nascimento, oferecendo um espectro de benefícios na área da saúde e tecnologia. No campo social, poderá promover uma abordagem mais inclusiva e acessível à obstetrícia pelo favorecimento à humanização do parto, ao mesmo tempo em que empodera as gestantes com conhecimento e controle sobre o próprio processo de parto. Para os profissionais de saúde, o PIÁ é uma fonte constante de educação continuada, garantindo que estejam sempre atualizados com as últimas pesquisas e práticas. Além disso, promove uma integração e coesão sem precedentes nos cuidados de saúde, facilitando a comunicação eficiente entre os profissionais envolvidos, e introduz avanços tecnológicos no campo da obstetrícia pelo uso digital e de inteligência artificial. Em termos de saúde pública, o PIÁ é instrumental na melhoria dos resultados de saúde a longo prazo para mães e bebês, de forma a democratizar o acesso a informações de qualidade sobre a gestação, desafiando o status quo que muitas vezes limita o acesso a uma doula a mulheres de classes sociais mais altas. Ao integrar-se às redes públicas de saúde, assegura que gestantes de qualquer classe social tenham acesso direto e digital a informações sobre a gestação, parto, procedimentos, direitos e deveres. Ao visar a escalabilidade nacional, o PIÁ tem o potencial de atender às demandas de pré-natal em regiões de difícil acesso, como a Amazônia, contribuindo significativamente para a modernização e transparencia dos procedimentos do parto. Como meta posterior ou futuraa a sua escalabilidade, o time do CICARI pretente ampliar as pesquisa nesta área e incluir tecnologia alternativas ao exame de toque, como dispositivos substitutos e/ou bandas abdominais equipadas com sensores capazes de medir contrações, gerar gráficos de partogramas, ou seja, fornecer um suporte de ferramentas à decisão para médicos durante o parto. Assim, o PIÁ se posiciona não apenas como uma ferramenta tecnológica, mas como assistente digital ao parto mais segura, informada e igualitária.
Ana Carolina Oliveira Lima